segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Camp, boat party and too much alcohol - A perfect way to spend New Year's Eve in Sydney!


Post em homenagem à minha amiga de infância Cintia Rock! :D
Esqueça as lentilhas, o pular de ondas ou o jantar em família, em Sydney o buraco do reveillon é mais embaixo. Os fogos na Harbour Bridge são a escolha definitiva da maioria das pessoas e a menos que você tenha muito dinheiro pra garantir um barco em posição privilegiada, o negócio é juntar os mantimentos e se preparar pra passar o dia na espera do evento da virada. Vale de tudo: barraca de acampamento, saco de dormir (minhas duas aquisições de ano novo, realizando o sonho da casa própria na Austrália), muita comida pra passar o dia e, claro, bebida disfarçada de suco ou refrigerante.

Pra tentar simplificar um pouco a narração da maratona de ano novo, vamos por partes:

Dia 30
Compra dos mantimentos para montar o barraco. Além da barraca e do sleeping bag, atum, maionese, hamburguer, biscoitos, salgadinhos, pão e frutas. Cool Bags térmicas, taças de plástico do Coles (porque vidro lá dentro não pode), muitas garrafas de Smirnoff (como era ano novo, aposentamos o vinho de caixa de 4 litros pra nos dar esse luxo de presente) e para garantir og lamour, não uma, nem duas, mas TRÊS garrafas de champanhe Passion Pop. O preço das 3 juntas? 14 dólares. E para fechar com chave de ouro, encarregamos o Jonas, nosso violeiro, de comprar uma tequila Jose Cuervo pra todo mundo!

Em nosso lar, dirty lar, a preparação pro dia seguinte já começou com o brigadeiro de limão da Josi e a batida de vodka com laranja, uma vã tentativa de convencer os ardilosos fiscais de Sydney que não estávamos carregando álcool. Antes de dormir, um brinde com restinho da vodka com lascas de limão!


Leos, Josi, Carol and the worst drink ever made!

Dia 31, 8 da manhã
Hora de acordar para a maratona de 24 horas. No Jambalaia, lar de Clarice e Fernanda, as duas e Ana Paula, baiana diretamente importada de Brisbane, preparavam o patê de atum e as batidas de vodka com morango e kiwi. No lar, dirty lar, Josi, Leo e eu (quem era Carol na noite? Só dormia no meio da barulheira) começamos a produção industrial de sanduíches. Posso dizer com segurança que nunca ralei tanto queijo e presunto na vida, mas valeu a pena, já que comida não faltou em nossa aventura.

11 da manhã
Concentração na casa de Clarice e Fê. Nesse momento, comecei a filmagem de meu documentário, o "Reveillon de Blair", breve (maneira de falar, vai demorar muito) nas telas do YouTube mais próximas de você! É muito vídeo aleatório, muita coisa impublicável e muita falta de noção, quem viver verá!

Mas voltando à programação cultural do dia, foi nesse momento em que juntamos todas as tralhas e saímos pelas ruas de Sydney em busca de nosso lugar ao sol. No caminho, sacolas vazando e ensopando todo mundo, pausas para colocar a garrafa de champanhe na de Sprite e um pedido de casamento no céu.


Não deu tempo de tirar foto do "Me" :(

2 da tarde - Get in the line!

Depois de aceitar que não conseguiríamos ver os fogos do Circular Quay, bem do ladinho do Opera House, o jeito foi pegar a fila quilométrica para o Botanic Garden. Pensei que eu tivesse noção do que é uma aglomeração de pessoas, mas esse dia me provou errado e nenhuma das fotos que eu postar aqui serão capazes de retratar a dimensão estratosférica dessa fila que dava voltas difusas ao redor do parque.


Essa já era quase na entrada, depois de horas rodando pelo parque!


Foi o cão quem botou pa nóis bebê!
Na fila, a notícia de que os seguranças estavam cheirando as bebidas antes da entrada nos levaram a medidas extremas: tomar nossas batidas e nosso champanhe antes mesmo de entrar, o que tirou nosso brinde da meia noite, mas nos deixou em estado de letargia pelo resto do dia. Até vinho quente numa garrafa de plástico, deixado por desconhecidos do lado de fora, entrou na roda de nosso drinking game. E uma tragédia sem precedentes: a batida de kiwi havia ficado na casa das meninas.


 Montando o acampamento!

Grupos se separando, gente perdida nos banheiros químicos, árvores atrapalhando nossa visão... Deu de tudo, mas finalmente conseguimos nos assentar. Vale destacar que enquanto tentávamos montar a barraca sob o comando de Clarice, declarada por mim a pessoa mais s[abia do grupo, fizemos tanta besteira que uns australianos ficaram com pena e vieram montá-la pra nós... Duas vezes!


Taking a nap

O resto da tarde foi um festival de absurdos proferidos por um grupo de pessoas disputando pelo prêmio de mais bêbado do ano (me incluo no grupo, antes que reclamem), muita comilança (porque a bebida já tinha acabado, lembrem-se), cochilos e morcegos, não necessariamente nessa ordem. Um dos dias mais divertidos de nossas vidas, e isso era apenas o começo.


Leo & Ana Paula, my favorite couple in Australia!

Meia noite - O espírito Globo nos domina!

Como já estabelecido, árvores foram nossas grandes inimigas do dia, gongando todas as nossas chances de ver os fogos em todo o seu esplendor, mas no final encontramos um lugarzinho pra aproveitar a virada. A partir daí, haja "hoje é um novo dia de um novo tempo que começou" pra baixo, uvas sendo distribuídas criteriosamente (não dava pra todo mundo comer 12, então ficou uma cota de 3 por pessoa) e resoluções profanas para 2011. Daí os fogos acabaram e começava uma nova corrida contra o tempo: chegar ao Jambalaia, enfrentando a multidão, a tempo de todo mundo tomar banho, trocar de roupa, beber a tequila e a batida de kiwi deixados para trás e correr para o barco que sairia às duas da manhã.


Always running home

Dia primeiro, 1 e meia da manhã - Tequila, baby!


My tequila partner Fê!
Pra quem tinha tido seu auge tomando vinho quente na fila, esse foi o momento em que enfiei definitivaente o pé na jaca metafórica, tomando shots e mais shots de tequila, acabando com a batida de kiwi e tomando alguma coisa com Red Bull preparada às pressas pela Josi, tudo ao mesmo tempo.


Josi joins the group bringing more alcohol!

Nesse ponto, minha filha desnaturada Sertãozinho se juntou ao grupo, junto com a Andreia e o Dean, um australiano que insiste em falar português enquanto tentamos praticar o drunklish.


My daughter Sertãozinho with her husband Dean and our friend Andreia!

I'm on a boat, look at me, I'm on a boat!


Carol, I remembah everything!
Em Darling Harbour, mais uma fila pra pegar o barco. Reencontramos a Carol, perdida de nosso grupo desde a manhã do dia anterior, que logo nos contou que quase passou o reveillon no saguão do World Tower porque não tinha a chave de casa, mas que acabou achando o melhor lugar para ver os fogos e fez vídeos maravilhosos (e que serão incluídos no "Reveillon de Blair" como se fossem de minha autoria).

Os poucos momentos em que Clarice existiu no barco!


Na primeira foto, percebam a elegância de Josicreide, a Amy Winehouse do reveillon!
E na segunda, a alegria CONTAGIANTE de Clarice KK Compasso!

Já dentro do barco, o resto da noite é uma espécie de borrão para muitos, menos pra mim que mesmo embriagado, não me entrego à amnésia alcoólica. Tombos, conversas filosóficas na varandinha, amanhecer ao lado do ponte, uma festa pra não botar defeito que foi até às 8 da manhã, fechando com perfeição o ciclo. Faltam até palavras pra descrever o quão maravilhosos foram esses dias, com companhia de primeira e acontecimentos que nunca vão sair da memória (com álcool ou sem). No que depender desse início, 2011 vai ser épico!

3 comentários:

  1. Menine, que aventura! Já quero ver o video! Faz pelo menos um trailer e posta.
    Cada reveillon eu tento, sem sucesso, me lembrar que é só o ano que está acabando, não o Mundo. Me passo. Agora vi que vc joga no meu time.


    Eduardo___V

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  2. Feliz tudo filhote.
    Te amo!!!
    Beijos,
    Mama

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  3. AMEEEEEEEI!!!!!!

    O reveilão mais poderoso de todos!!!
    =D

    E que o ano de 2011 seja maravilhoso pra todos nós!!

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