segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Do you feel like you are a thousand miles from home?

Are you lost, where you are?
Can you find your way when you're so far?





Apenas uma musica que descreve muito bem o meu atual estado de espirito e pensei em compartilhar. Enjoy!

sábado, 27 de novembro de 2010

Full house

Morar com oito pessoas é:
  • Não conseguir dormir na sexta à noite com o flatmate conversando no Skype com o amigo no melhor estilo gritaria, acordar no sábado de manhã com o outro flatmate batendo papo com um completo desconhecido que está parado na porta e, mais tarde, não conseguir passar do quarto para o corredor porque tem uma bicicleta parada na porta.
  • Acordar todos os dias em horário diferente para pegar o banheiro vazio, porque o dono da bicicleta, um tailandês que teoricamente deveria administrar a casa, mas que não entende uma palavra de inglês e só fala "give me the money", tem o estranho hábito de acordar, tomar um banho de 40 minutos e voltar para a cama.
  • Ouvir reclamação por causa de louça suja que nem é minha e, numa base diária, ver louça suja das pessoas que reclamaram boiando por horas e horas.
  • Esperar três dias para usar a máquina de lavar e, quando finalmente consigo, descobrir que a secadora está quebrada porque "no verão, não dá pra todo mundo usá-la seguidamente porque esquenta muito" ou não poder lavar tudo porque "no verão, tem que colocar apenas metade da capacidade da secadora".

Ao mesmo tempo, morar com uma parte dessas 8 pessoas é:
  • Ser acordado pela Josi pra me deliciar com sua marmita de churrasco, feijão, polenta e mandioca trazidos do trabalho.
  • Acompanhar o ritual diário de Josi e Rê fazendo chapinha e se maquiando em frente ao espelho enquanto me divertem com filosofias como "eu só vou acreditar que vou morrer quando estiver morrendo" ou elogiam o mexidão totalmente nojento que fiz com feijão de lata, ovo e presunto barato da Home Brand.
  • Ter brigas homéricas com as duas por motivos completamente vazios e, minutos depois, rir desesperadamente enquanto nos votamos pra sair da casa como se estivéssemos no BBB.
  • Ouvir musiquinhas depressivas com a Rê no canto do quarto enquanto conversamos sobre nossos respectivos objetos de afeto em Sydney.
  • Apreciar as igurias de Josi com direito a carinhas no prato, mesm oque mais tarde isso dê briga porque ela esqueceu de me avisar que sujou 3 panelas e eu só lavei 2, com direito a chantagem do tipo "o trato é que eu cozinho e você lava, marido".
  • Perceber que todo o stress da casa vale a pena quando passamos o fim do dia na jacuzzi, depois de fingir que malhamos muito na academia.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Darling Harbour, my darling


Rapha, KK, Josi e eu refilmando Chiquititas em Darling Harbour

Quando cheguei na Circular Qy, estação que dá acesso à Opera House e Harbour Bridge, liguei pra casa e disse pra minha mãe que estava no lugar mais bonito que já vi na minha vida. Bem, isso mudou drasticamente que conheci Darling Harbour.

Pra quem é de Brasília, uma maneira fácil de imaginar o lugar: pegue o Pontão, meu lugar favorito da minha terra seca e multiplique a beleza e o número de atrações por pelo menos 50. Tem de tudo, de barzinhos e baladas, passando pelo Aquarium e pelo Wild Life, um pequeno zoológico com cangurus e coalas socializando livremente (ambas as atrações que eu vou deixando pra depois, mas estou muito ansioso pra ir) e finalmente o maior IMAX do mundo, onde assistirei Harry Potter me sentindo dentro de Hogwarts. Sou nerd mesmo, não me julguem!
Rapha, Clarice, Josi, Fê, Evan e Damien fazendo graça antes da nossa noitada no Cargo Bar
(também conhecido como aquele de onde fui expulso por domir)

Bem, voltando a Darling Harbour, o sentimento de "Pontão" fica ainda mais acentuado porque é tudo em volta do lago, dá pra ir pra lá até de ferry (mas eu não preciso, já que estou morando a dois passos de lá). Tem museu maritmo, fontes por todo lado, roda gigante, jardim chinês e aqueles monumentos adoravelmente esquisitos que só australianos poderiam pensar. As fotos estilo "Olimpíadas do Faustão" do post anterior são de lá, assim como as dos fogos de artifício inesperados que vi depois do passeio na China Town e todas desse aqui, em diferentes momentos de minha vivência como sydneysider.

Josicreide e a roda gigante

Renata e eu pagando de turistas no jardim chinês

Grudados desde o aeroporto de Guarulhos

Darling Harbour é perfeito porque serve pra todas as situações. Vou sozinho pra refletir sobre a vida, observar a paisagem maravilhosa ou simplesmente bater perna quando não tem o que fazer. Acompanhado para conhecer os barzinhos, as festas e as tentadoras lojinhas do DH Shopping. Isso sem contar nos artistas de rua que estão sempre por lá fazendo seus malabarismos com fogo, engolindo balões ou se espremendo em caixinhas de vidro que mal cabem um insento, que dirá uma pessoa... Mas isso é assunto pra outro post, com direito a vídeos desse pessoal que arrisca a vida para depois passar o chapéu pedindo umas moedinhas. Nada muito diferente do Brasil, exceto que aqui você realmente para, assiste o "espetáculo" e realmente acha que aquilo valeu o seu tempo e seus trocados.

Circles of Water 

Em resumo, se você virá, pretende vir, já está aqui e ainda não conhece ou mesmo quer sonhar com um lugar pra conhecer um dia em Sydney, fica aí minha sugestão. Darling Harbour, o meu paraíso particular na Austrália!


Fê com seu drinque misterioso, eu na caipirinha, Josi pela primeira vez na vida sem bebida!

Josicreide e seus dois maridos

KK ameaçando se jogar!

That's all, folks!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

It's my trip and I'll cry if I want to

Esses dias bateu a grande depressão em Sydney e, como ninguém merece texto depressivo, tratei de ficar bem longe do blog. Bem, acho que está passando agora, mas restam resquícios do sentimento que me levou a quase cometer a blasfêmia de parafrasear Michael Bublé e dizer "I wanna go home". Quase.

Acho que é bem como meu amigo Eduardo disse no Twitter: viagem deixa de ser viagem depois de um mês, depois vira rotina. Até que demorou um pouco mais de um mês, mas "acostumei" com a vida em Sydney, de certa forma quando tudo deixa de ser novidade a gente passa a enxergar as coisas ruins menos como "parte do aprendizado" e mais como coisas ruins mesmo. O jeito é fazer um esforço pra continuar achando novidades na pequena cidade que se tornou Sydney, onde encontramos conhecidos a cada esquina.


O pior (ou melhor) é que tenho feito coisas até bem bacanas. Domingo, descobri o que é realmente a praia australiana ao ir para Bondi com meus novos flatmates, a Rose e o Leo (graças a quem sou chamado de Leo #2 aqui no apartamento, pelo fato de ser o novato). Praia lotada, australianas ensandecidas fazendo topless (não que faça diferença pra mim :P) e até ambulantes vendendo sorvetinho na areia, coisa que ainda não tinha visto e pensei que não rolava por aqui. Dia muito bacana com os dois e os amigos deles, e rendeu até o meu primeiro mergulho no mar de Sydney. Como já contei para algumas pessoas, a sensação ao adentrar as águas geladas é "pronto, morri", mas depois de um tempo até dá pra acostumar. Não muito tempo, que fique claro, porque não dá pra encarar ondas de gelo vindo na sua direção pra sempre.




E o que dizer de Josi e Rê? Companhias pra todas as horas, até mesmo pra tirar fotos sem noção no Darling Harbour fingindo que estamos nas Olimpíadas do Faustão. Até australianos já comentaram que vivemos grudados, e não tem jeito mesmo. Foi identificação imediata e sempre que estamos juntos, tem coisa boa "pa nóis" (expressão que Josi cunhou em uma de nossas primeiras saídas, pedindo que eu pegasse Coca pa nóis). Falamos tanto issoque daqui a pouco vão acreditar que somos caipiras.


Engraçado que, assim como a Josi e a Clarice (saudades, viu, ruiva? Passar correndo por você e Fê no Queen Victoria Building não conta), conheci a Renata pelo Orkut, mas como ela chegou algumas semanas depois de todos nós, nem tinha certeza se nos encontraríamos tão cedo. Eis que, no terceiro dia aqui, a louca simplesmente ME RECONHECE no meio da estação de trem e começa a gritar ensandecidamente. E fico feliz que ela tenha feito isso, porque desde então não nos desgrudamos mais.


É isso, então. Comecei escrevendo sobre as tristezas e terminei com as alegrias, o que já deu um up no meu dia. Saio daqui direto para o karaokê com as meninas, seus australianos e a Paulinha Sertãozinho, outra brasileira que conhecemos no voo e ficou sumida no primeiro mês aqui, mas que agora já é parte do grupo e encontro por acaso até no mercado. Porque vocês sabem, Sydney é uma cidade pequena. Muito pequena.

sábado, 13 de novembro de 2010

Next station: Dreamland

Nesse blog, promessa é dúvida, mas nesse caso será cumprida. Depois de muito suspense, reflexão e um constante questionamento se deveria abrir esse tipo de coisa no blog, finalmente abro o jogo no assunto mais bombástico do Misadventures Down Under: dormindo nas sarjetas de Sydney!

Quando cheguei aqui, fiz uma puta propraganda do transporte público, de como podia voltar pra casa de madrugada sem a menor preocupação, com todo o conforto e comodidade que a terra dos cangurus oferece. Pois eis que um dia, depois de uma baladinha no Cargo Bar (guardem o nome do lugar, ele será muito importante mais pra frente), Clarice, Josi, Fernanda, Raphael e eu fomos serelepes para a Wynyard Station pegar nosso trem pra casa. Qual foi a nossa surpresa ao perceber que não tinha trem nenhum?


*BOOM*

Em defesa do governo, até que nós tínhamos a opção de voltar para casa na linha de ônibus noturnos, que para em basicamente todos os pontos da cidade e demora módicas 15 horas. Tendo em mente que em duas horas a estação abriria novamente, decidimos esperar por lá mesmo e, como bom brasileiros, acabou rolando o momento "dormir na sarjeta". Josi e KK foram as que se sentiram mais confortáveis nessa situação, como vocês podem conferir nas reveladoras imagens abaixo:


Como fui o único a não dormir no local (Fê clama só ter fechado os olhos por um longo tempo, mas sei não), não quis ficar atrás e completei o meu ritual de uma forma ainda mais ousada: dormindo pra ser expulso da balada! Quem já ouviu o final do S.A. Cast 2x05 já teve um aperitivo dessa história edificante, mas aqui eu pretendoexpor todos os detalhes desse escândalo austraiano!

Ok, não foi nada demais. Na segunda vez que fomos ao Cargo Bar (sempre o Cargo Bar) numa festa da escola, o negócio ficou meio miado e eu, de brincadeira, avisei ao pessoal que ia deitar nos pufes que estavam vagos. Daí Josi (sempre Josi) deitou do meu lado e dormimos profundamente por 10 minutos, até um segurança aparecer desesperadamente gritando "LET'S GO HOME!!!" e nos apontando a saída como se estivéssemos perturbando a paz do lugar como verdadeiros baderneiros. Vá lá, eu sei que não é muito bom pra imagem de uma festa ter gente dormindo, mas precisava desse escândalo todo?


Pra terminar em grandíssimo estilo, a moça da saída ainda sorri e diz "bye, have sweet dreams", ao que eu respondo com "thank you, see you next week". Mais uma típica, habitual e comum noite em Sydney.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Is this art? I think it is!

Esse é um post contemplativo, o que é uma forma mais bonita de dizer que vou enchê-lo de fotos, simplesmente porque o lugar merece ser amplamente exposto e, como já diria o velho clichê, uma imagem vale mais do que mil palavras. Imagine quanto valem várias imagens?
Churrasco em Bronte

Meu harém

Basicamente, foi com essas paisagens que passei o meu domingo... Tanto lugar feio, né? Fui na hora do almoço para um churrasco com a Aki, brasileira que também conheci no voo e estuda na minha escola, mas no período da tarde, o que nos fez sair juntos pela primeira vez só agora. Aki é a companheira perfeita para passeios que envolvem tirar fotos, porque se empolga e interage com a paisagem da mesma forma que eu, então esperem esse batalhão de imagens toda vez que nos encontrarmos!

Ah, claro: as esculturas são parte do projeto Sculpture by the Sea (vejam o site, tem fotos ainda mais bacanas), que sempre faz exibições em cenários naturais e dessa vez está no caminhada costal que começa em Bondi e segue para Tamarama e Bronte Beach. Simplesmente um programa imperdível, que eu pretendo fazer várias e várias vezes, como já diria Vanessão!

Por hoje é só, pessoal!