domingo, 31 de outubro de 2010

Da série "coisas que me fazem lacrimejar na frente do computador"

Raras vezes na vida gargalhei ao mesmo tempo em que me emocionei com alguma coisa. Ver essa foto foi uma dessas situações. Amo vocês demais!

Happy halloween, everyone!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Welcome to China Town


Cada lugar tem a China Town que merece. Em Gremlins, você pode comprar bichinhos inofensivos que quando molhados e alimentados geram criaturas do mal, como já mostra o delicioso PodPipoca que participei, com os comentários brilhantes de minhas musas Erika Ribeiro e Karin Watanabe (MomentoJabáFinished). Em Sydney,você tem a chance de comer muito bem e comprar não tão bem assim, porque aparentemente os produtos made in china só não procedem sua reputação quando são alimenticios.

Não sabia que Pacato, o gato guerreiro, era chinês

Explicando melhor, a China Town de Sydney é considerada por muitos um ótimo ponto de compras para eletrônicos (que pelo que vi não tem preços tão diferentes assim do resto dos locais) e roupas (que até tem uma diferença nos preços, mas a qualidade também é uma piada). Como no sábado passado chovia muito em Itu, digo Sydney, conhecer o bairro foi a ideia que Josi e eu tivemos para não passar o dia em casa. Foi provavelmente o dia em que mais comemos em toda a estadia australiana, porque as coisas que achamos lá eram simplesmente deliciosas.

Começamos com uma rápida tomada de preços nos restaurantes, porque vida de estudante é isso mesmo, e para a nossa sorte fomos parar num lugar com pratos de 15 dólares compostos de rolinhos, arroz misturado com a maior quantidade de coisas possíveis (vocês sabem como os chineses são), a carne ensopada que a Josi pediu e eu não faço ideia do que possa ser no momento, o frango apimentado que pedi que de apimentado não tinha nada e, sem exageros, A MELHOR SOPA DE MILHO QUE JÁ TOMEI NA VIDA. Antes que me perguntem, não, eu nunca tomei sopa de milho antes, mas se voltar a tomar, tenho certeza que não será tão boa quanto essa.

Para a sobremesa, tomamos esses suquinhos com pedaços quadrados de gelatina só porque queríamos algo diferente e quer coisa mais diferente do que cubos de gelatina? Tinha umas opções com chá com leite (?) e outras bizarrices, mas não estávamos tão ousados assim. O da Josi estava melhor, porque as gelatinas do meu eram simplesmente doces o suficiente para causar diabete instantânea em qualquer ser vivo. 

   
Depois, ainda corremos para Darling Harbour (lugar do qual falarei no futuro porque merece um cuidado maior) pra ver o show de fogos e, como bons glutões que nos tornamos, ainda tomamos uma bola de sorvete pra fechar o dia. Nada mal para um sábado que começou com cara de que não daria nem pra sair de casa. That's life in Sydney.


Gosto muito de você, leãozinho

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Talking trash

Segunda-feira de manhã, clima chuvoso, preguiça para enfrentar a rotina de aula, especialmente após um fim de semana também chuvoso. Na caminhada diária até a estação de trem, você: A) caminha tranquilamente, não força a barra e espera que o dia melhore. B) sai correndo feito um lunático atrás de um caminhão de lixo high-tech para tirar fotos, porque em tal contexto depressivo, esse pode ser o ponto alto do seu dia!

Se respondeu B, parabéns! Você sofre de leve insanidade e tem isso em comum com esse que vos fala. Como ainda não acho que seja a hora certa de contar sobre o episódio "dormimos na estação" (outro momento de insanidade, talvez não leve), resolvi escrever de forma rápida, direta e indolor sobre um assunto de utilidade pública. Portanto, fiquem com:

Curiosidades e inutilidades sobre a Austrália - Dia do lixo
  • No lugar da nossa divisão básica entre lixo seco e orgânico, australianos fazem uma verdadeira bagunça, misturando em uma leva restos de comida, sacolas plásticas e alguns tipos de materiais que definitivamente não deveriam estar lá, enquanto a parte dos "recicláveis" serve para garrafas, latas, papelão e alguns tipos de plástico, mas JAMAIS sacolas plásticas, o que pra mim não faz o menor sentido. Sério, tem até um aviso enorme na lixeira do meu prédio implorando pra você não colocar sacolas plásticas nessa lixeira, mas sim na que contém resto de comida, o que te obriga a basicamente abrir uma enorme sacola de lixo, despejar a tranqueira num local e jogar a sacola do outro lado.
  • Não é só nos banheiros que a ausência de lixeiras é sentida (e sim, nós aqui jogamos papel higiênico no vaso, não bastasse beber água da torneira), mas em quase toda a cidade. Com exceção do meu subúrbio (ou, posso imaginar, de todos os subúrbios, mas é sempre mais divertido falar do que conheço como se fosse o único), que tem lixeiras coloridinhas por toda a parte, é sempre difícil encontrar uma para jogar seu saquinho de papelão do McDonald's, sua caixinha de suco Home Brand ou qualquer outra dessas coisas hiper saudáveis que estudantes sempre carregam por aqui. Nas estações de trem, por exemplo, eu seguro meu lixo por um bom tempo porque não encontro lixeiras na maioria e só jogo o que tiver em mãos fora quando chego em Rockdale, a minha estação, que logicamente por ser minha tem muitas lixeiras e é um exemplo de praticidade.
  • A máquina definitivamente substituiu o homem nessa edificante tarefa que é a coleta de lixo. As lixeiras (mais uma vez, no meu subúrbio) são esvaziadas com o auxílio desse esplendoroso caminhão futurista que puxa uma por uma com um engenhoso gancho.
Como vocês podem perceber, eu estou numa fase de usar adjetivos com pouca utilidade, relevância e significado prático, apenas para treinar o meu lado publicitário. Portanto, me despeço com essa esfuziante e melindrosa foto do caminhão do lixo dando adeus!

domingo, 24 de outubro de 2010

Ain't no tower high enough


Deu uma boa olhada na foto? Ficou com aquela vontade de conhecer a Sydney Tower? Fica o meu conselho de quem não entende nada de turismo e dispara verdades nada absolutas: é melhor diminuir as expectativas.

Não que seja um lugar absolutamente deplorável, indigno da visita, nada disso. Lá em cima tem uma vista bem bacana da cidade, dá pra tirar umas fotos daquelas que você vê no Google e se pergunta como foram batidas, mas é só isso. Tem um filminho divertido sobre as paisagens da Austráia, chamado OzTrek, numa sala com cadeiras que se movem e tremem de acordo com os zooms da tela. Não é nenhum parque da Disney, mas dá pra curtir e talvez seja a parte mais emocionante da Tower, fora a Sky Walk, que eu não fiz porque 40 dólares podem ser empregados em coisas muito melhores por aqui.


Yuki, Stefan, JJ, suíça cujo nome desconheço, Med, Monica e eu

De resto, o negócio é mesmo só paisagem, com aquelas mega-lunetas de mirante que tem que colocar moedinha pra ver alguns pontos da cidade, muito oportunismo em forma de atrações como "faça a sua própria moeda prensada" e a magnífica lojinha de presentes com coalas minúsculos que custam o preço de alimentar um coala vivo por alguns dias. Não tem jeito, onde tem muito turista metem a faca. Pensando bem, metem a faca e qualquer lugar em Sydney, felizmente não da mesma maneira que costumamos nos preocupar com facas no Brasil. Mas isso é conversa pra outro post (também conhecido como "dormimos na estação").

 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

No rest for the wine

Prometi que voltaria para contar o caso do vinagre e aqui estou eu. Pois bem, imagine você um lindo e ensolarado domingo. O cenário é Manly Beach, a primeira e mais sem gracinha praia que conheci em Sydney. O objetivo no local era achar um festival de inverno, que eu imaginava ser de comida, mas após uma interminável escalada (ok, foi só uma longa subida de ladeira, mas tem mais graça chamar de escalada), eis que me deparo com o... Rufem os tambores... Castelo do vinho!


Pois é. Eu, que não sou lá o maior fã de vinhos no mundo, acabei parando num festival pra lá de bizarro de degustação dessa primorosa bebida. Eram 15 dólares para provar 5 vinhos diferentes entre os milhares espalhados pelas tendas localizadas ao lado do castelo. No início, as "doses" eram de prova mesmo, coisa pouca. Mas eis que o festival foi abruptamente interrompido lá pelas 5 da tarde (absurdo encerrar um evento de tamanho garbo e elegância ainda à luz do dia) e daí virou MADNESS IN THE CASTLE, com todos os donos da barraca enchendo nossas taças e nos fazendo virá-las de uma vez para que pudessem se livrar do resto nas garrafas. Depois de aguns vinhos ruins e outros mais ou menos, me fartei de licor de chocolate, o que não combinou bem com meu estômago semi-vazio.

Pose blasé de quem se embebeda no gramado

Aliás, falemos um pouco sobre isso. Como eu já disse, fui ao local esperando por comida, o que já não existia no horário em que chegamos. A salvação foi a feira existente na mochila da KK (que nos cedeu uma banana, uma maçã e um kiwi comunitários) e depois da loucura dos vinhos, os deliciosos sanduíches de menos de 2 dólares trazidos pela Josi, que pra variar chegou quando tudo já tinha acabado. Como vocês podem prceber, a mistura foi a mais saudável possível. Como mais essa história poderia terminar senão em vinagre?


Explico. No pequeno lapso de tempo transcorrido entre as diversas taças de licor de chocolate e o sanduíche, tive a sapiência de peregrinar pelas tendas procurando alguém que ainda vendesse garrafas inteiras para continuarmos bebendo após o festival. Me achando muito descolado, tratei de comprar uma formosa garrafinha roxa, gastando mais 15 dólares no que parecia o negócio de uma vida (lembrem-se que eu ainda não tinha comido o sanduíche e estava semi-embriagado). Quando voltei, muito faceiro e serelepe para o gramado com minha garrafa, fui avisado pelo Rui (aquele que come sorvete de graxa) que tinha acabado de cmprar vinagre. Resultado: vou levar uma garrafa do mais refinado vinagre australiano para o Brasil e espero que minha mãe faça muito bom uso dele em suas saladas.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Getting married at Bondi Beach

Não, gente, (ainda) não me casei com ninguém para conseguir cidadania australiana. O casamento em questão aconteceu nessa praia que vocês veem acima, bem perto das rochas em que estamos pra ser mais exato. Ao contrário das noivas que vão para o Pontão apenas tirar fotos em Brasília, o pessoal estava realmente se casando no local, com padre e tudo, observados por todos os turistas de Bondi Beach. Uma coisa meio exibicionista para já apimentar a relação do casal antes mesmo da noite de núpcias.

   
Piscinas banhadas pelo mar e o casamento escondidinho no canto direito. Na segunda, o casamento mais de perto.


Acabei sendo convidado para o casório!

Luana, KK, Angelica, Josi, Fernanda e eu congelando em Bondi

Agora falando um pouco do local, Bondi Beach é infinitamente mais bonita e interessante do que Manly. Verdade seja dita, não escolhi o melhor dia para conhecê-la, o vento gelado deu pouca trégua e muito sabiamente escolhi justamente essa ocasião para esquecer o casaco em casa. Mesmo assim, achei tudo maravilhoso. Só não dá pra comprar nada por lá, porque em como todo ponto turístico muito cotado, os preços são absurdos, mas a paisagem é maravilhosa. Ouvi dizer que tem ótimas festas por lá também, inclusive os espanhois da residência foram pra lá na sexta passada, mas ainda não posso confirmar.

      

O que eu posso confirmar, já que foi a minha escolha para sexta à noite, é a diversão certa na festa one7one, no Soho Bar, Kings Cross. Peguei a dica na Information Planet e fui sem expectativas, mas foi simplesmente fantástico. Com dois ambientes, um com hip hop e o outro com música eletrônica, o lugar estava simplesmente abarrotado de gente de todos os lugares, fazendo as mais bizarras e absurdas danças que já vi na minha vida e simplesmente se divertindo bastante. Tocou de tudo, desde hits atuais até clássicos como "I like big butts and i cannot lie", o que imediatamente me lembrou a Glória. Bem, é difícil pensar numa música que não me lembrou a Glória, pra dizer a verdade.

A KK e a Fernanda, que foram embora cedo, perderam o momento em que a festa ficou realmente interessante, que é quando abriram as portas para o segundo ambiente, mas certamente não vão faltar oportunidades. Também encontrei por lá o JJ, um coreano da escola muito gente boa, um amigo japonês dele que eu simplesmente não consigo entender uma palavra do que diz e uma chinesa  muito simpática que já está aqui há meses e fala inglês muito bem. O melhor é que ganhamos dois cartões de bebidas grátis na entrada da festa e, quando saímos pra encontrar os dois últimos, o host da festa me deu mais dois cartões achando que eu tinha acabado de chegar. Melhor negócio impossível! Vale dizer que a entrada dessa balada, como a de quase todas as baladas daqui, é TOTALMENTE DE GRÁTIS!


Como o post já está ficando grande demais e eu conheço bem alguns leitores preguiçosos que tenho (Leandro, estou falando com você), encerro por aqui, com a promessa de voltar em breve contando sobre mais uma peripécia praiana: o dia em que bebi tanto vinho num castelo que gastei 15 dólares em vinagre! To be continued.

domingo, 17 de outubro de 2010

We might as well be strangers

Um dos aspectos mais interessantes em morar com cinco estranhos (em todos os aspectos) é que você descobre novas informações sobre eles a cada dia. No meu caso, com uma audição pra lá de precária, até mesmo o nome e a nacionaldade deles eu redescubro numa base diária. Peguemos como exemplo: o espanhol que divide o quarto comigo era o que parecia ter o nome mais fácil, Jardel, mas na segunda-feira passada eu descobri que ele se chama Jordi. O administrador da casa, que na primeira vez que ouvi pensava se chamar Elan e agora acho que é Milan, é da República Tcheca e não da Nova Zelândia como imaginei. O que divide o quartoc om ele também é tcheco e tem um nome cuja sonoridade eu juro que é Giddy. G-I-D-D-Y. Certamente esse não é o nome do rapaz, pois nenhum pai seria tão cruel, mesmo um pai da República Tcheca.

Na segunda, nós seis saímos pra tomar uns drinques na cidade. Primeiro fomos para Kings Cross (fãs de Harry Potter, levantem a mão), que reune a maioria dos bares, pubs e baladas da cidade, mas estava fatalmente vazio no dia. Só o que aproveitamos de lá foi a foto do Bada Bing, que a Juanita/Aida fez questão de tirar porque era fã de Sopranos e eu fiz questão de tirar por causa da lendária briga de André Zuil e Camis Barbieri no podcast do Seriadores Anônimos. O fato de ninguém mais fazer ideia de porque queríamos tanto uma foto do Bada Bing me deu a chance de conversar um pouco mais com a Juanita/Aida e descobrir que ela também é meio viciada em séries, obviamente não tanto quanto eu.

Na City, encontramos um pub muito bacana funcionando. Três andares de mesas ocupadas, mas a pista ficou quase todo o tempo vazia, com exceção de algumas coreanas animadinhas que batiam ponto por lá de vez em quando. A música estava até muito boa, mas acho que as pessoas aqui realmente não se animam pra dançar na segunda. Tomamos alguns, não muitos drinks, porque a bebida aqui definitivamente causa grandes estragos no bolso. Os tchecos são muito divertidos e a conversa flui naturalmente com eles, os espanhois precisam de um pouco mais de esforço, mas também são muito bacanas. Fato é que é muito estranho dividir um teto com pessoas com quem você não tem o menor grau de intimidade, mas como tudo o que tem acontecido na viagem, é desafiador, por vezes fascinante e parte de um grande processo de aprendizado.

Another kind of fast food

Como eu já adiantei no post passado, o blog está rendendo mais do que eu poderia imaginar nos meus mais ousados sonhos. Esses dias soube que a Ana Suzuki, escritora premiada que fez "O Cadáver Incompetente", livro delicioso que eu apelidei de "Alice no País das Maravilhas brasileiro", acompanha o blog e acha nossos estilos de escrita parecidas, o que é um elogio sem tamanho. Não esperava que as pessoas fossem enfatizar tanto a forma que escrevo quando comecei o blog, mas fico muito feliz por todos os elogios, já que como muitos sabem, escrever é hobby, sonho e tarefa à qual sempre dediquei grande parte do meu tempo desde pequeno. Também gostei muito de saber que, de certa forma, estou inspirando e passando informação para as pessoas que já fizeram ou pretendem fazer um intercâmbio.

Estão vendo essa delícia de lugar aí? Sei que a foto não é das melhores porque, mesmo com toda a segurança que a Austrália passa, não tenho coragem de andar com a câmera, o que me obriga a usar o celular... Mas tem gente que anda com notebook no trem da madrugada como se nada fosse, então talvez eu esteja sendo cuidadoso demais. Enfim, a foto é do Sydney International Food Festival, um local em que basicamente vários restaurantes vendem uma boa parte de seus pratos em bandejinhas de papel e a preços módicos. Sâo várias tendas, algumas mesinhas pra sentar e comer e um bom pedaço de grama para você se jogar e ouvir música tipicamente não-australiana, como Michael Jackson e outras iguarias para sua audição.

O mais impressionante do festival, que pra mim nada mais é do que uma festa junina, é que as pessoas simplesmente relaxam no gramado em pleno fim de noite, em pleno centro da cidade, e depois pegam seus trens/ônibus para casa. Assim, sem nenhuma preocupação com segurança. Ah, e tem também uma espécie de van-stand com caixas eletrônicos para que você tire o dinheiro que vai gastar nas comidinhas, algo que infelizmente jamais funcionaria no Brasil porque seria depenada nos primeiros minutos do festival.

Minha ida ao festival aconteceu na quinta à noite, em companhia da Josi, da Luana e do Rui, esses dois últimos que eu conheci na estação pouco antes de ir pra lá. Apesar da enorme variedade gastronômica, apostamos no prato mais seguro, cada um com sua bandejinha de arroz, frango e alguma coisa que me parecia ser bacon, misturados da maneira mais asiática possível com aqueles vegetais que nunca sabemos o que é, mas fingimos saber. Exótico mesmo foi o sorvete do Rui, que mudava de cor dependendo da luz, variando de marrom a azul e verde em segundos. O sorvete tinha gosto de graxa (e eu sei disso mesmo sem nunca ter comido graxa) e Josi e eu tivemos que misturar os nossos de chocolate e limão, um extremamente amargo e o outro extremamente azedo (espero que vocês descubram qual é qual), mas combinados eles ficavam na medida certa.

sábado, 16 de outubro de 2010

Eight days a week


Bike Ferris Wheel

O blog tem dado um retorno muito maior do que eu esperava e mesmo assim estou aqui, uma semana sem escrever. Acreditem, não é por falta do que dizer, porque foi uma semana mais repleta de acontecimentos do que final de novela mexicana, exceto que não teve sequestro, assassinato, casamento nem nascimento. Pensando bem, não aconteceu tanta coisa assim, mas a gente tenta.

Segunda foi o meu teste de nível na ACE, minha escola de inglês convenientemente lotada de brasileiros, e eu ainda não sei como, mas fiquei no pré-avançado, o que significa que em algumas semanas chego no avançado e como não existe avançado-avançado, terei que escolher algum outro curso como o de preparação para o IELTS (também conhecido como "o teste de inglês mais fudidamente difícil já feito"). Obviamente fiquei feliz do meu inglês precário ser considerado melhor do que eu esperava e tenho aprendido muito nas aulas, das quais saio absolutamente exausto e pronto para desmaiar por algumas horas na cama (mas não o faço, porque como diria minha sábia amiga com nome de deserto, a Saara, eu posso dormir no Brasil).

Estudar inglês num lugar em que só se fala inglês (mesmo tendo 4 brasileiros na minha classe, nós raramente falamos uma palavra em português) é ao mesmo tempo a melhor forma de aprendizado da língua, como uma das experiências mais cansativas que já tive. Mesmo nas aulas simples, tem hora que o cérebro simplesmente sobrecarrega e você precisa simplesmente parar de pensar por alguns minutos. Mas a aula não vai parar por causa do seu cérebro em parafuso, então é uma batalha constante pra se manter mentalmente estável. Dito isso, é fascinante perceber o quanto dá pra evoluir de um dia pro outro e conversar com as pessoas usando palavras que você nem sabia que conhece.

Velhinhos jogando xadrez na hora do almoço!

Obviamente, a cota de português fica garantida nas minhas caminhadas para a estação (que estão cada dia mais longas) e nos intervalos, quando fico caçando gente no Skype para conversar na minha língua nativa e descansar um pouco a mente. O Skype aqui funciona em qualquer celular da operadora 3, "de graça" (são aproximadamente 400 minutos) em qualquer plano pré-pago, vale muito a pena!

Como esse post foi mais para dar um sinal de vida antes de explorar mais um pouco a cidade, eu prometo (e vocês podem me cobrar) voltar depois para contar as outras desventuras da semana, como a minha primeira festa junina australiana, a peregrinação com os roomates espanhóis e tchecos e a melhor balada que já fui na vida, entre outras coisas!

PS: Por falar em festa junina, na minha infame entrevista de nivelamento a moça perguntou "what's your favorite holiday?" e eu respondi "são joão". De todas as coisas em inglês que podia ter dito numa entrevista de nivelamento em inglês, eu tinha que responder a única coisa que a mulher jamais saberia o que é! Mas tudo bem, porque quando expliquei o que era são joão, ela ficou fascinada com o banho de cultura. Ainda bem que aprendi a remediar situações embaraçosas com minha mãe!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Son of a beach

Lembram dessa vinheta bizarra que passava no Sony Entertainment Television? Son of a beach era uma série de mini-episódios sobre um assunto peculiar, literalmente descrito em seu título: as idas e vindas de um filho da praia.A sonoridade de son of a beach também pode ser escutada num famoso vídeo do YouTube em que o famoso encanador da Nintendo, o Mario (que Mario?), transita pelas ruas do jogo GTA e reage à morte de seu irmão Luigi com um "you kile my brotá, you son of a beaches!". Obviamente, essa longa introdução remetendo a clássicos da produção audiovisual brasileira e italiano não tem nenhum propósito, além de começar aleatoriamente o relato sobre meu domingo na praia.

Pois como vocês bem sabem, me tornei do dia para a noite um gênio das estações de trem e, com o sucesso de ter encontrado a escola no sábado, aproveitei o domingo para conhecer o local mais famoso de Sydney: a Opera House. Li no mapinha que o local mais perto da dita cuja era a Circular Quay Station, embarquei no trem e para a minha surpresa, a estação desembocava no meio do porto, o que de cara me deixou perplexo, fascinado e desnorteado. Quem vê as fotos sem conhecer, pode pensar que a Opera House é apenas um prédio de conchinhas, e é! Mas a beleza do conjunto, combinando as conchinhas com a Harbour Bridge, as ferries que saem em direção a vários pontos e aborígenes tocando eletrotribalmusic em suas flautas high-tech, é indescritível.

Até deixei umas moedinhas, porque o som tava bacana!

Depois da apreciação, de ligar para casa observando a vista e de uma rápida passada no Hungry Jack's (não me julguem, o resto dos locais era caríssimo), analisei bem os destinos de cada ferry e escolhi a empreitada do dia: Manly Beach, o paraíso de surfistas e gaivotas. Ao contrário do que eu imaginava, andar de ferry não é nada emocionante, ao contrário do que o famoso acidente de Grey's Anatomy sugeria. O barco se locomove a uma velocidade desanimadora, demora uma eternidade para chegar e você nem consegue apreciar a paisagem do lado de dentro, sendo que para pegar um lugar na proa é preciso duelar com milhões de turistas enfurecidos (mas talvez isso seja porque eu fui justo no domingo). E daí a ferry chega e você se depara com essa farofada aqui, ó:

Desespero define. Vi esse deque, um pedacinho de areia, crianças brincando na beira do mar, onde havia um enorme aviso de proibido nadar e pensei "isso é uma das praias mais famosas de Sydney?". Obviamente, não era. Explorando um pouco Manly, que é mais uma cidade à parte do que apenas a praia em si, descobre-se que há uma bela paisagem a ser explorada, especialmente a paisagem humana. Outro aspecto peculiar é que, nas areias de Manly, se joga futebol, vôlei, tênis e qualquer outro esporte imaginado, todos combinados na mesma área, ao mesmo tempo e pelas mesmas pessoas, numa verdadeira convergência de midias esportivas!

E por falar em convergência, veja que coisa linda essa gaivota que estava só, abandonada na Circular Quay e encontrou seus amigos e familiares horas depois em Manly Beach! (Da série: as coisas que a gente inventa quando não sabe como terminar o post)

domingo, 10 de outubro de 2010

Mc Dolar, ay ay ay ay ay, me niego a colaborar


Vamos fazer um joguinho? Tentem adivinhar qual dessas moedas australianas vale mais, sem trapacear e olhar no final do post. Quero ver se vocês vão no óbvio ou acertam de primeira.

O engraçado é que demorei dias pra mexer nas moedas que recebi de troco e só o fiz porque a carteira estava ficando pesada com essas delícias guardadas. Para a minha surpresa, descobri que já tinha uma quantia exorbitante, suficiente para 3 almoços, só nisso. Mas voltemos ao assunto do dinheiro depois, porque antes eu preciso falar da...

Nebulosa assombração da residência estudantil

Como vocês devem lembrar, e se não lembram voltem para os posts antigos, o apartamento em que estou é habitado por seis indivíduos: o Jardel e eu num quarto, a Gabi e a Juanita (que se chama Aida, mas Juanita é um nome muito mais interessante) e como recentemente descobri, o Fabio (ainda não sei de que país ele é, mas fala espanhol também) e o Elan, que tem um sotaque carregadíssimo da Nova Zelândia e é meio que o administrador da casa. E aí vocês me perguntam: quem foi a mulher que vi na varanda ao voltar pra casa a primeira vez? Uma ladra que invade varandas alheias? A Gabi variando no visual ao ponto de eu não reconhecê-la? Um dos rapazes liberando a drag queen interior? A inominável Klarinha evil, listada como verdadeira administradora da residência e que nunca deu as caras? Pois é, eu não sei.

Como minha relação com os espanholitos está aos poucos se desenvolvendo e eu até dei algumas aulinhas sobre estações de trem para os novatos (fingindo que entendo disso há muito tempo, na maior cara de pau), achei melhor não tocar no assunto da nebulosa assombração da residência estudantil agora. O engraçado é que, enquanto a Juanita e o Jardel, que acabaram de chegar, passam o tempo todo na rua (ou pelo menos o tempo que eu passo em casa e não os vejo), a Gabi que está há duas semanas passa o dia aqui (ou a parte do dia em que eu passo em casa e a vejo), na companhia da nebulosa assombração da residência estudantil.

If I had a million dollars I would buy you a fur coat (but not a real fur coat that's cruel)

De volta ao dinheiro, vamos resolver a charada:

Como todos devem imaginar, não são as grandes moedas as de maior valor. Nem mesmo as médias moedas! Aquela grandona prateada ali no canto direito é de 50 centavos, enquanto a sua gêmea do lado esquerdo vale 20 centavos. A prateada do meio é uma merreca, 5 centavos, o que nos deixa as duas douradinhas. A de cima é a grande vencedora do prêmio "quem vale mais?", representando 2 dólares, enquanto a de baixo vale apenas 1. Agora, vejam a descoberta que eu fiz:

Essa pequenina pilha de moedinhas vale nada mais nada menos do que 14 dólares, que eu estava deixando acumular na minha carteira enquanto usava notas para pagar supérfluos como um almoço no Mc Donald's, que custa 5. Caso eu queira continuar nessa dieta hiper saudável, basta juntar a moedinha de 1 dólar a esse montante e já tenho 3 almoços garantidos, vejam que beleza! Logicamente não é o que vou fazer, já que embora barato, o Mc Donald's aqui é tão ruim quanto no Brasil, o que me obriga a procurar outras opções mais consistentes, que incluem até mesmo... Horror dos horrores, cozinhar!

sábado, 9 de outubro de 2010

These boots are made for walking

Sei que é cedo pra comemorar qualquer mudança ou realização pessoal provocada pela viagem, mas fiquei realmente chocado com o que aconteceu hoje. Consegui comprar o maldito ticket (31 dólares pra pegar o trem que eu quiser durante 7 dias, aparentemente pra pegar o bus e a ferry junto é mais caro), me aventurar pelas estações (mas não fui a Kings Cross, sorry fãs de Harry Potter) e chegar à minhaescola, o que tira da minha lista de preocupações não conseguir chegar nela segunda-feira E ainda me dá um domingo de folga pra explorar mais livremente a cidade. Tudo isso com uma anotação breve do percurso tirada do site da Cityrail e um mapa na mão. Quando na vida eu imaginei que saberia usar um mapa? Eu disse que estava chocado.

Verdade seja dita, a minha leitura demapas é até mais acurada que o Cityrail, que me mandou descer na Town Hall Station, fazer uma longa caminhada pela rua George (nome do meu irmão) até o cruzamento com a St King e finalmente, York Street, que também tive que atravessar inteira até encontrar o prédio da ACE. Qual não foi a minha surpresa ao perceber que justamente ao lado da ACE havia outra estação, a Wynyard? Eu podia ter facilmente pego outro trem da Town Hall pra lá e economizado a caminhada, mas de qualquer forma foi bom pro mapinha entrar na minha cabeça.

Curiosidades e inutilidades da Austrália
  • As coisas na City são bem diferentes do pacato bairro de Kogarah, onde eu estou. Hungry Jacks (também conhecidos como o Burger King daqui) brotam em cada esquina, assim como Starbucks e orientais apressados.
  • Também fiquei admirado com a quantidade de casais gays andando de mãos dadas e até abraçados na rua sem chamar nenhuma atenção dos passantes. Muito bem, Austrália!
  • Mesmo que eu economize a caminhada com a facilidade dos trens, a cota de exercício está garantida com a quantidade de escadas que você tem que atravessar em cada estação para mudar de plataforma. Mesmo assim, o sistema de transporte é impecável e a pontualidade com que os trens chegam, impressionante.
  • Esse moço aí vestido de bota gigante é uma verdadeira atração na rua, cumprimentando todo mundo com high fives e tentando convencer alguém a entrar na loja de sapatos que o contratou. Eu prometi que voltaria lá quando pedi pra tirar a foto e embora não esteja atrás de sapatos, até penso em cumprir a promessa só pela simpatia do botão.

Lost and found

KK, eu, Josi e Ana Paula no aeroporto de Santiago

Aos poucos, as coisas vão se ajustando... Depois de dormir a tarde inteira e acordar às 5, enxerguei as coisas com mais clareza e hoje já pude dar uma boa volta pela vizinhança e reconhecer o peso que essa experiência vai ter pra mim. Comprei um chip de celular que ainda não sei se vai funcionar no meu aparelho (anotem aí: 0433218023), mas de qualquer forma pretendo comprar um aparelho melhor, porque aqui vale mesmo à pena.

Além de comprar esse chip, almoçar no MC Donalds (olha a criatividade abundando de novo!) e finalmente encontrar a estação mais próxima (que é atrás do parque sem entrada, como o Luciano bem me disse), fiz minhas primeiras compras no mercado e, meu Deus, como as coisas aqui são exageradas! O pão de forma éo  dobro do tamanho do nosso, os sucos vem em unidade de 6 caixinhas gigantes e os pacotes de salgadinhos tem o tamanho de uma criança chinesa pequena (coisa que também não falta no mercado ou em lugar nenhum por aqui). Com essa ida ao mercado, começo aqui a minha série de posts carinhosamente nomeada:

Curiosidades e inutilidades da Austrália

  • Os produtos Home Brand (seria como você ir ao Extra e comprar um produto da marca Extra) são ABSURDAMENTE mais baratos do que qualquer outro, como eu já tinha lido em muitos blogs de gente que veio pra cá. E o negócio compensa, porque tudo o que eu comprei é bem gostoso, ao contrário da marca Extra (sorry, Extra) e eu não imagino como os das outras marcar podem justificar a diferença.
  • Felizmente, não há POLVOS para comprar na Woolworths (mercadão que tem em cada esquina), o que me deixou mais tranquilo, mas me obriga a voltar no The Big W qualquer dia desses para tirar foto desse adorável molusco.
  • Tem roupas baratíssimas em tudo que é lugar, tipo 10 dólares numa camisa social, só pra exemplificar. Ainda não analisei cuidadosamente as roupas em todo lugar, mas não me parecem vagabundas ao extremo.
  • A mão inglesa não é confusa apenas se você dirige, dá um trabalhão como pedestre também. Você pensa que pode ser atropelado de um lado e quando está passando, BAM!, é atropelado do outro. Não que eu tenha sido atropelado, logicamente, ou o tom desse post seria bastante diferente.
Um desabafo não-relacionado: desde de manhã, tento acessar o Facebook pra ver se tem mensagem da KK ou da Josi e não consigo porque essa bosta me obriga a identificar fotos tagueadas de vários amigos pra entrar na conta, e se eu não acertar bloqueia. O problema é que tem gente que se marca em, sei lá, árvores soltas no meio da rua, fora os amigos que adicionei pra jogar Farmville e nem sei quem são. Oh vida, oh céus!

Outro desabafo não-relacionado: Meu Deus, é só eu sair de Brasília que tem um terremoto lá, como é que eu perdi uma dessas?

PS: Muito obrigado a todo mundo que tem comentado (Glória, Carol (s), Lara, Luciano, Ju, Camis, Cintia, Leandro, Poroca, Erika), corro para ler o que as pessoas tem achado do blog sempre que conecto. Continuem me fazendo essa gentileza porque estou muito carente de contato com vocês e de notícias do Brasil! E quem não está fazendo essa gentileza, comece! ;)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

7/24 Warialda St., Kogarah 2217 NSW

Viu, Lupe?

Pois é, acabei dar o meu endereço atual no blog, quero ver se tenho stalkers de nível internacional pra virem aqui. A residência é até bem bacana e, ao contrário do que eu esperava, limpa. O prédio tem um estilo Melrose Place, como diria o grande jornalista Luciano Guaraldo, na tentativa de suavizar o termo "cortiço". Tem dois apartamentos em cada andar, o meu fica no segundo e vou ter que dividi-lo com mais 5 pessoas. O Jardel, com quem vou dividir o quarto, a Juanita, que vai dividir com a Gabi (OUTRA espanhola... essa divisão de residências preza mesmo a diversidade de nacionalidades, hein?). O outro quarto tem mais dois homens, um que passou por mim zumbimente e nem me deu tempo de perguntar o nome e de onde vem (mas que foi falar em espanhol com a Gabi, tsc tsc) e outro que ainda não vi. O que me lva ao primeiro momento de real desespero!

O primeiro momento de real desespero

Tem coisa melhor do que repetir frases desnecessariamente só pra dividir tudo em subtópicos? Até tem, mas depois do meu primeiro momento de real desespero (I did it again), me reservo ao direito. Francamente, eu já esperava ter algumas dificuldades por conta do meu inglês arcaico, mas até então, estava dando pra suportar porque todas as pessoas ao meu redor estavam mais ou menos na mesma situação. O problema foi quando caiu a ficha de que estava morando com quatro pessoas conversando alegremente em espanhol, obviamente sem fazer o menor esforço pra me incluir, e as minhas breves tentativas de socializar falando em inglês resultaram em frases monossilábicas e olhares de constrangimento, já que essas pessoas estão muito satisfeitas em conversar em espanhol e eu muito satisfeito em menosprezá-las sutilmente chamando-as de "essas pessoas". Ok, momento de revolta acabado, é lógico que não vou me fechar para as pesoas da casa por causa dessa impressão inicial.

Let's go to the mall!

Com o Jardel e a Juanita indo dormir cansados da viagem e a Gabi trocando palavras joviais com seu amigo zumbi, fui tomar um banho (consegui "temperar" a água direitinho, parabéns pra mim) e dei uma volta na vizinhança. Tem um parque enorme bem na frente da residência, que eu terei o maior prazer de contar a vocês como é quando eu descobrir como se entra nele (é bizarro, tem várias entradinhas por todos os lados, mas todas elas acabam em uma cerca ou algo que não te deixa entrar de verdade), um Mc Donald's descendo a rua e um shopping relativamente perto. Descobri três coisas no shopping: 1) eu não tenho a menor criatividade, porque no meio de milhares de opções comi no Subway. 2) Visa Travel Money não é aceito em todo lugar que tem Visa coisa nenhuma, todos os lugares que tentei disseram que não trabalha mcom ele, INCLUSIVE o Subway. 3) não tenho a menor condição de comprar um celular sozinho, praticamente pedi à moça da loja um tutorial "telefonia australiana for dummies" e ela me respondeu com "don't you have any friends here?". Deprimente!

Pelo menos já garanti os meus adaptadores de tomadas numa loja grande de variedas, o The Big W, que tem umas coisas até bem baratas, tipo HD externo de 320GB a 60 dólares. E coisas bizarras, como UM SAQUINHO DE POLVO NA SEÇÃO DE PESCARIA! Não estou exagerando, tinha mesmo um polvo em conserva, mergulhado em um líquido nojento dentro de um saquinho. Tipo jujuba em saquinho sabe? Mas não era jujuba, era UM POLVO! Tinha outros animais em conserva também, mas eu fiquei muito chocado pelo POLVO pra me importar.
Não tirei foto do POLVO, mas capturei esses acrobatas!

Back home

Voltei para a residência, que estava vazia, com exceção de uma figura estranha sentada na varanda (parecia uma mulher e eu que só esperava conhecer mais um homem da residência não faço ideia de quem possa ser). Fiz todo o barulho possível ao chegar, mas a moça/moço nem se moveu, então vim pro quarto aproveitar o adaptador de tomada e escrever tudo no notebook. O mais bizarro é que a residência tem wi-fi, mas eu simplesmente não consigo conectar daqui, sendo que o Jardel e a Juanita com seus smart phones conseguiram num instante. Até a conexão é repressora com brasileiros, vejam só!
Como sou fã do estilo "write while you feel it", vou manter o texto intacto e postar quando tiver algum acesso à internet, seja tentando mais uma vez pelo wi-fi ou usando o computador da "área comunal" (sempre quis falar isso, desde que comecei a ler Harry Potter), então é bem possível que as coisas estejam bem diferentes quando publicar os posts.

P.S.: O wi-fi funcionou, mas fico até receoso de postar alguma foto por causa do aviso IMENSO junto com a senha: banda limitada, não baixar músicas, não ver vídeos do YouTube, não ligar webcam, não respirar enquanto digita no MSN, etc. A última eu inventei, mas do jeito que esse povo tá miserável com banda, eu não duvido que incluamesse detalhe.