terça-feira, 26 de outubro de 2010

Talking trash

Segunda-feira de manhã, clima chuvoso, preguiça para enfrentar a rotina de aula, especialmente após um fim de semana também chuvoso. Na caminhada diária até a estação de trem, você: A) caminha tranquilamente, não força a barra e espera que o dia melhore. B) sai correndo feito um lunático atrás de um caminhão de lixo high-tech para tirar fotos, porque em tal contexto depressivo, esse pode ser o ponto alto do seu dia!

Se respondeu B, parabéns! Você sofre de leve insanidade e tem isso em comum com esse que vos fala. Como ainda não acho que seja a hora certa de contar sobre o episódio "dormimos na estação" (outro momento de insanidade, talvez não leve), resolvi escrever de forma rápida, direta e indolor sobre um assunto de utilidade pública. Portanto, fiquem com:

Curiosidades e inutilidades sobre a Austrália - Dia do lixo
  • No lugar da nossa divisão básica entre lixo seco e orgânico, australianos fazem uma verdadeira bagunça, misturando em uma leva restos de comida, sacolas plásticas e alguns tipos de materiais que definitivamente não deveriam estar lá, enquanto a parte dos "recicláveis" serve para garrafas, latas, papelão e alguns tipos de plástico, mas JAMAIS sacolas plásticas, o que pra mim não faz o menor sentido. Sério, tem até um aviso enorme na lixeira do meu prédio implorando pra você não colocar sacolas plásticas nessa lixeira, mas sim na que contém resto de comida, o que te obriga a basicamente abrir uma enorme sacola de lixo, despejar a tranqueira num local e jogar a sacola do outro lado.
  • Não é só nos banheiros que a ausência de lixeiras é sentida (e sim, nós aqui jogamos papel higiênico no vaso, não bastasse beber água da torneira), mas em quase toda a cidade. Com exceção do meu subúrbio (ou, posso imaginar, de todos os subúrbios, mas é sempre mais divertido falar do que conheço como se fosse o único), que tem lixeiras coloridinhas por toda a parte, é sempre difícil encontrar uma para jogar seu saquinho de papelão do McDonald's, sua caixinha de suco Home Brand ou qualquer outra dessas coisas hiper saudáveis que estudantes sempre carregam por aqui. Nas estações de trem, por exemplo, eu seguro meu lixo por um bom tempo porque não encontro lixeiras na maioria e só jogo o que tiver em mãos fora quando chego em Rockdale, a minha estação, que logicamente por ser minha tem muitas lixeiras e é um exemplo de praticidade.
  • A máquina definitivamente substituiu o homem nessa edificante tarefa que é a coleta de lixo. As lixeiras (mais uma vez, no meu subúrbio) são esvaziadas com o auxílio desse esplendoroso caminhão futurista que puxa uma por uma com um engenhoso gancho.
Como vocês podem perceber, eu estou numa fase de usar adjetivos com pouca utilidade, relevância e significado prático, apenas para treinar o meu lado publicitário. Portanto, me despeço com essa esfuziante e melindrosa foto do caminhão do lixo dando adeus!

8 comentários:

  1. Sem garis oO

    eu nunca vi tantos adjetivos em um único post em toda a minha vida hehehhehe

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  2. A lata de lixo está caindo na última foto. Ou a tecnologia é tão retumbante que ela se ergue sozinha depois?

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  3. Eu queria saber q fim levou essa lata que está caindo nessa ultima foto
    Tipo, o caminhão volta e vem um gancho e levanta ela? Ou ela nem sequer caiu? q fim levou essa história? (LOL)
    e tem alguem actually driving the truck? Pq pra ser high tech MESMO tinha q ser tipo piloto automatico ou um robô parecido com os q tinha no The Sims 1 gozando a vida... CONTE Q FIM LEVOU A LATA, POR FAVOR!!! (SE ELA CAIU OU N...)
    estou mto confusa com os critérios e metódos de reciclagem utilizados por eles, mas nunca confusa on how much I love you (and your writing and publiscist skills as ever)!!!
    kissocas

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  4. Não me conformo com a tal da sacola de plástico,
    que de repente, na Austrália, virou algo biodegradável. Talvez ela não tenha grande influência, se bem moidinha, misturada com o que vai virar esterco. E quem sabe umas verduras, legumes e frutas assim adubadas, meio plastificadas, não venham a ser menos perecíveis? Bjs,
    Ana Suzuki

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  5. Que bom poder conversar com você, ouvir sua voz, seu riso, suas esperanças,andanças, histórias.
    Que bom amar você, sentir saudades, querer que volte e querer muito mais que continue...
    Tem uma estação de uma pessoa especial que tem uma estação maravilhosa e um trem que nos carrega e nos recarrega de sonhos, advinha!!! Entre na estação http://estacaomaravilha.zip.net e descubra.
    Bjus e um sorriso,
    Mamis

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  6. Ah! Quero saber como a lata de lixo desce. (rs)
    E mais: Um abraço apertado, apertado, apertadinho.
    M.

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  7. Hahahaha, pessoal, adorei saber que nao sou o unico a filosofar sobre o lixo. Nem tinha percebido a posicao da lata caida, vejam so, mas acredito que ela estava daquele jeito normalmente, e nao caindo no momento que tirei a foto. O caminhao provavelmente a pegou em seguida e colocou de volta na posicao certa, mas a confirmacao certeira se isso aconteceu ou nao, nunca teremos. Mais um grande misterio do universo!

    Carol, o caminhao tem motorista sim, e ele inclusive ficou com uma cara bem esquisita quando comecei a tirar as fotos. Mas acredito que logo ele sera substituido por um robo dos Jetsons, eh apenas questao de tempo.

    Ana, a questao das sacolas plasticas me incomoda profundamente. De repente eles fazem outra separacao depois que o lixo organico chega no local, mas pra mim nao faz o menor sentido separar sacolas plasticas de outras coisas de plastico.

    Mama, vou conferir a Estacao com mais calma, porque os textos da Ana merecem ser saboreados e nao apenas lidos :D

    Muito obrigado a todos pelos comentarios cheios de questionamentos e aprofundamentos na filosofia do lixo, sempre me divirto um bocado lendo-os!

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  8. Poxa... então Sidney não tem aqueles moços alaranjados correndo atrás do caminhão de lixo pela cidade?

    Leo, um post sobre lixo nunca é inútil.

    E agradeça pela chuva!! ou vc esqueceu que aqui em Brasília só cai 7 gotas por ano??

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